segunda-feira, 2 de julho de 2012

ABSURDO COTIDIANO





Hoje à tarde acompanhei o enterro de Jonathan Henrique, de 4 anos de idade. Ele foi assassinado sábado à noite, quando bandidos que estariam procurando o pai dele, atiraram contra a casa e atingiram o garoto na cabeça e nas costas.

Como se a situação não fosse suficientemente absurda e chocante, o velório contou com forte proteção policial. Havia rumores de que os integrantes do grupo que praticou o crime, a despeito da prisão de três suspeitos, poderiam ir até o local para tentar aumentar o rastro de sangue.

A visão das viaturas e dos policiais fortemente armados, em contraste com o desespero da mãe, é de um absurdo surreal que está se tornando corriqueiro. Tamanha é a barbárie em que vivemos que algumas mães não podem mais chorar a morte de seus anjos sem a presença protetores armados.

As investigações apontam para um conflito que tem o tráfico de drogas na origem.

Mas, o que Jonathan tinha com isso?