quinta-feira, 28 de abril de 2011

SAPÉ: FUNCIONÁRIO DO DETRAN PRESO POR FRAUDES



No final da tarde de hoje a polícia de Sapé prendeu Antônio Tavares de Sá Filho, de 53 anos. Toinho do Detran, como é conhecido, é funcionário do departamento há 24 anos e já foi diretor da Ciretran da cidade.
De acordo com Walber Virgolino, Corregedor do Detran, Toinho é responsável pela retenção ilegal de dezenas de documentos de veículos e por receber dinheiro pela renovação do licenciamento sem realizá-la. O funcionário estava sendo investigado há dois meses e os documentos foram apreendidos na casa dele e também na Ciretran. Enquadrado por concussão, peculato e falsidade ideológica, Toinho do Detran já foi encaminhado para o presídio de Sapé.

DIA DE FALTA

28 de abril. 
Num país onde se morre de uma centena de doenças por pura ignorância, num parlamento onde "pior do que tá não fica", num Estado onde se execra um Artista/secretário por defender a cultura local, numa sociedade onde a esperteza é melhor do que o conhecimento, onde ser culto é quase uma ofensa, onde "o gênio vos enfastia e a estupidez vos diverte", onde a atitude diante da poesia é o bocejo e os livros são conhecidos apenas pelas lombadas...
28 de abril não quer dizer absolutamente nada.



quarta-feira, 27 de abril de 2011

BARRIGAS E NOTÍCIAS



Desde que foi encontrado o corpo do Cabo PM Joseeldo da Silva Pereira - com duas perfurações de bala no rosto, na casa de veraneio dele na Baía da Traição, na última segunda-feira - presenciamos uma corrida desesperada em busca de informações sobre o caso. Alguns companheiros da imprensa do brejo, e também da capital, se apressaram, consultaram fontes erradas e puseram no ar várias informações desencontradas e imagens deprimentes. Esqueceram todos, ou quase, que a informação apurada é a melhor a ser publicada. Notícias prematuras e não confirmadas, dadas no afã de furar a concorrência, tem um nome no jargão jornalístico: Barriga. Muitas vezes as barrigadas ofendem a família ou a memória da vítima e até prejudicam investigações.
Neste caso deram bom exemplo os companheiros Jean Gomes e Fabiano Lima, da Guarabira FM. Na manhã de hoje eles entrevistaram o delegado do caso, Walter Brandão, que esclareceu uma série de dúvidas e dissipou especulações que circulavam na imprensa.
Uma delas foi o resultado negativo do residuograma de pólvora feito na companheira da vítima. O fato, segundo ele, não a inocenta, visto que a coleta de evidência aconteceu mais de 24 horas depois do suposto horário do crime. Isso seria suficiente para que os indícios pudessem desaparecer. Ele não descartou a hipótese de crime passional, nem da presença de uma terceira pessoa na cena do crime. Afirmou também que dúvidas importantes vão desaparecer quando o laudo do exame cadavérico ficar pronto. Uma informação chave seria a hora da morte do policial.
Por outro lado o delegado não excluiu a possibilidade de o crime ter sido praticado por pessoas envolvidas com práticas ilegais, que estivessem insatisfeitas com a atuação firme do PM.
Jean e Fabiano sabem mais informações de bastidores sobre o caso, mas não publicaram nada, nem questionaram ao delegado. Isso é uma questão de responsabilidade. Algumas notícias, nesse momento, atrapalhariam o andamento das investigações.


segunda-feira, 25 de abril de 2011

BANANEIRAS NOS TRILHOS

Hoje estive em Bananeiras, no brejo paraibano, para realizar uma reportagem sobre a feira Espaço Decor, que vai até o próximo domingo. A idéia é levar aos consumidores locais sugestões de movelaria e decoração que dialoguem com o clima bucólico da cidade. A iniciativa só mostra o quanto Bananeiras está antenada com o destino que escolheu para sí própria: o de ser uma referência para o turismo de inverno na Paraíba e também para Estados vizinhos como o Rio Grande do Norte. Bananeiras descobriu sua vocação e hoje colhe os frutos dos bons serviços que presta ao turista em busca de belas paisagens, clima agradável, arte e história. A Reportagem será exibida o próximo domingo no Correio Cidades, na Tv Correio. Mas, para sentir um gostinho desta cidade atraente, publico aqui reportagem de 2008, contando como a ferrovia chegou à Serra da Copaóba.


sexta-feira, 22 de abril de 2011

AMAZING GRACE



Sendo hoje uma data marcante para todo o mundo cristão, o Televisionário traz aqui uma das mais tradicionais canções gospel americanas: Amazing Grace. Uma melodia que, por sí só, tem uma aura de espiritualidade tocante. A seguir a letra traduzida:


Maravilhosa Graça

(John Newton)

Maravilhosa Graça, Oh quão doce é o som
Que salvou um miserável como eu
Eu estava perdido, mas agora eu me encontrei
Eu estava cego, mas agora eu vejo.
Quando estivermos lá há 10 mil anos,
Brilhantes como a luz do sol,
Não teremos menos dias para cantar louvores a Deus
Do que quando, quando começamos no princípio
Por muitos perigos, labutas e armadilhas,
Eu já passei
A graça de Jesus me trouxe seguro, tão distante,
e a graça me conduzirá até o lar.
Maravilhosa Graça, Oh quão doce é o som
Que salvou um miserável como eu

Eu estava perdido, mas agora eu me encontrei
Eu estava cego, mas agora eu vejo.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

UMA PORTA QUE SE FECHA

Quem já participou do Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo recebeu hoje um e-mail com uma notícia triste:



É um ciclo que termina. O GPAS fez com que as pautas com foco na educação ocupassem muito mais espaço em nossos meios de comunicação. Em 2010, eu tive a honra de ser um dos doze selecionados na categoria telejornalismo, ao lado de profissionais do nível de Helem Martins, Alan Severiano e Marcelo Canella. Só espero que, com o fim do prêmio, os jornalistas e as empresas não se desinteressem pelo tema da educação, tão necessário num país em que, infelizmente, o conhecimento ainda é tratado com desdém.

terça-feira, 19 de abril de 2011

CHICO CÉSAR: GÊNIO DA RAÇA


Chico César, cantor e compositor de talento reconhecido no Brasil, no Japão, na Europa. Ah, ele também é secretário de Cultura do Estado da Paraíba. Foi como secretário que ele emitiu uma nota para retificar algumas interpretações feitas sobre declaração anterior dele, onde afirmou que o Governo não iria gastar dinheiro com Bandas de Forró de Plástico e Duplas Sertanejas. Para mim a explicação era desnecessária. Entendi muito bem quando o secretário afirmou que, nos eventos em que a secretaria investisse dinheiro, o faria contratando artistas que valorizassem nossas raízes culturais, independentemente do evento e de outros artistas que pudessem ser contratados pela organização, através de patrocinadores ou de recursos próprios. Em nenhum momento Chico César falou em proibição, ou em barrar qualquer artista que fosse. Isso foi reiterado na nota publicada ontem: " Mas nunca nos passou pela cabeça proibir ou sugerir a proibição de quaisquer tendências. Quem quiser tê-los que os pague, apenas isso." Isso quer dizer que se, por exemplo, o Estado patrocinar uma atração para o São João de Patos, esta atração será contratada pelo critério da Secretaria de Cultura, mas isso não impede que a Prefeitura contrate qualquer artista para se apresentar em sua festividade. Era tão difícil de entender? É preciso ter uma inteligência, digamos, bem rarefeita, ou então muita má fé para ficar gerando polêmica em torno disso.

A bem da verdade, Chico César age com coerência. O poder público tem o dever de prover educação e cultura para o povo. Nada mais justo que contratar artistas que possam cumprir esta função. Cultura não é só entretenimento, é algo que agrega, que faz com que o espectador saia do espetáculo enriquecido. A cultura envolve auto-estima. É preciso gostar de si para se valorizar isso. Quando a auto-imagem de um povo é ruim ele tende a valorizar coisas exteriores à sua própria cultura. Infelizmente a Paraíba é especialista nisso.
Senão vejamos, Flávio José, um grande herdeiro da cultura nordestina, faz quantos shows por ano na Paraíba? Com certeza Pernambuco e Bahia sediam mais espetáculos dele. Quantas vezes a imprensa paraibana se levantou para execrar Zé, Elba Ramalho ou Chico César? Certamente já vimos este triste filme. Minha esposa, que é pernambucana, costuma dizer que se Zé Ramalho tivesse nascido no Estado vizinho ele seria considerado um Deus pelos conterrâneos. Mas isso é coisa de quem sabe valorizar sua cultura e seus valores. Aqui os artistas são tratados com desprezo ou desconfiança. 
Artistas importantes como Rafael de Carvalho e Zé Katimba nunca foram escarnecidos pelo simples fato de que a maioria dos paraibanos, inclusive os da imprensa, sequer sabem quem são.

Só a título de informação, na última Festa da Luz - famosa e gigantesca festa da padroeira de Guarabira - a Banda Garota Safada, contratada para o evento, fez o show e voltou para o camarim. Depois que todos saíram, os seguranças entraram no local para uma checagem de rotina e encontraram as bandejas de salgadinhos, cuidadosamente preparadas para os músicos, ensopadas de urina. No canto da sala e nas paredes, havia fezes. Neste mesmo evento, e em vários outros por todo o Estado, vocalistas começam suas apresentações com uma frase pouco singela: "Tem Rapariga aí?" É por este tipo de gente que se criou esta polêmica?

Chico César é um Gênio da Raça. Alguém que tem coragem de mostrar o absurdo a que somos submetidos, muitas vezes, sem notar. Tem coragem de peitar este esqueminha que começa com o jabá nas rádios e termina com a massificação do que não presta, como se isso fosse o "gosto popular". Tem coragem de, num Estado que tem uma ridícula e eterna síndrome de primo pobre, valorizar nossas raízes culturais.



domingo, 17 de abril de 2011

ENTREVISTA - WENDELL RODRIGUES


Wendel Rodrigues da Silva é Pernambucano, formado em jornalismo pela Universidade Católica e mora em João Pessoa há sete anos e meio. Filho de um professor e de uma comerciante ele está prestes a ser pai. Aos 30 anos, é um dos jornalistas mais premiados e respeitados do Estado.
 
T - Como você descreveria seu período na universidade? 

W - Uma experiência proveitosa, importante e indispensável. Costumo dizer que é no ambiente acadêmico, onde os profissionais de comunicação começam a desenvolver o espírito crítico.

T - Quando foi que a Paraíba surgiu na sua vida? 

W - Este é um relato que não gosto, mas amo fazer! Vamos lá: Passei minha infância e adolescência vindo pra João Pessoa. Aqui, moram a mãe e irmãs do meu pai. Portanto, vó e tias. Janeiro e julho eram meses sagrados. As férias sempre eram aqui. Portanto, minha identificação é antiga. Ainda na adolescência, eu comecei a vislumbrar morar aqui. Creio que a beleza, o ar, as características da cidade de João Pessoa tenham me encantado. Amo Pernambuco. Sou apaixonado pelo Recife, mas João Pessoa é diferente! 
Após a faculdade, 2003, vim visitar minha vó e tias. Era repórter da CBN Recife. Estava de férias.Quando cheguei aqui, soube de uma TV que estava abrindo... Era a TV Miramar! Fiquei interessado, fiz uns contatos, uns testes de vídeo, texto e gostaram. Aí começou minha relação com a Paraíba. Aliás, relação que viveu um momento muito especial em 2005, quando me tornei cidadão paraibano. Uma honraria que muito me orgulha! 

T - Depois da Miramar vieram CBN, Tv Tambaú e Correio?

W - Na TV Miramar, passei quatro meses. Foi uma experiência muito especial. Conheci pessoas, fiz amigos. Saí quando o pessoal da TV Assembleia me convidou pra fazer reportagens e criar um programa cultural. Criei e apresentei o Sétima arte por dois anos. Paralelo ao trabalho na TV Assembleia, eu fui trabalhar na CBN João Pessoa. Primeiro como produtor, depois como Âncora. Em 2005, saí para a TV Tambaú. Em 2008, fui para a TV Correio. Sim...em 2010, passei um período curto, mas maravilhoso na Record Brasília. Uma experiência mágica. 

T- Nós nos conhecemos quando fazíamos especialização. Agora você está no mestrado. Pretende ingressar na carreira acadêmica?

W- É verdade, nos conhecemos na especialização! Na nossa turma tinha gente muito bacana: Lembro de Marquinhos Tomás, Lívia Karol, Claudia carvalho, Laerte Cerqueira e muitos outros profissionais queridos. Ainda na época da faculdade, eu tinha uma meta: viver tudo que o jornalismo poderia proporcionar. Isso representaria passear por todos os meios de comunicação(TV, Jornal, Rádio e online), fazer assessoria e ensinar. Este sempre foi um sonho. Dividir conhecimento, aprender diariamente, viver boas e intrigantes experiências com alunos foram alguns estímulos para ingressar no mestrado. E quando ingressei, eu me apaixonei. Estudo dois temas que me atraem: mídia e religião. Tem sido ótimo, mas, extremamente complexo para conciliar com as outras atividades profissionais e vida pessoal. No mestrado, você precisa publicar muito. E essa tem sido uma das minhas maiores preocupações. Felizmente, eu tenho conseguido!

T - Acha que uma coisa pode excluir a outra no futuro?

W - Boa pergunta. Eu, hoje, penso que não! Aliás, o meu desejo, desde a faculdade, era conseguir conciliar tudo! Estou conseguindo...e o melhor: adorando! Creio que os profissionais que estão nas redações têm uma contribuição importante a dar no ambiente acadêmico, especialmente para aproximar o curso do mercado de trabalho. Aliás, esse é um clamor constante dos alunos e dos próprios diretores de jornalismo dos meios de comuncação. Por isso, acredito que as duas atividades podem ser conduzidas ao mesmo tempo. 

T - Por falar em batente, você é um jornalista bastante premiado no Estado e também nacionalmente. Quando foi que isso começou? 

W - Isso começou ainda na faculdade! No segundo período, eu já fiz uma reportagem de rádio e enviei para um prêmio nacional de jornalismo. E um detalhe: de propósito, eu inscrevi o trabalho na categorias de profissionais. Pode? Já pensou? Claro que não ganhei. A ideia era boa, mas o texto era ingênuo e a edição simples. No entanto, o mais importante foi o certificado que a organizadora enviou. Aquele 'papel' me entusiasmou tanto, que foquei a minha carreira em prêmios. A meta era criar uma identidade de jornalista vencedor e, principalmente, com reportagens relacionadas com temas sociais. Graças a Deus, isso está sendo possível. Em oito anos de carreira, são 18 Prêmios de Jornalismo. Conquistas estaduais, regionais e nacionais. Só em 2010, foram quatro prêmios com uma unica série. E não quero parar! 

T - Qual o fator determinante para este sucesso?

W - Eu me considero muito determinado. Mas também tenho a convicção de que essas conquistas são presentes de Deus. Nunca tive 'padrinho forte', indicação de gente 'influente' ou 'poderosa', muito menos 'pistolão'. Meus pais sempre foram(e são) muito simples. E como eu me orgulho disso! E esse orgulho é de estufar o peito e dizer que todo o esforço deles foi para me oferecer a melhor educação. Renunciaram muito por mim e por minhas irmãs. Por isso, eu passo horas...horas à frente do computador escrevendo um texto para que ele seja o mais fiel e próximo da realidade. Quando eu me apaixono por uma pauta especial, passo madrugadas estudando, aprendendo, telefonando e elaborando a melhor forma de repassar o assunto para as pessoas. E quando a reportagem vai ao ar... é um momento muito especial. 

T - Depois do efeito Sheherazade, você não acha que seus prêmios podem te levar para um centro maior? 

W - Tive a alegria de trabalhar com Rachel. Ela sempre foi íntegra e muito profissional. Apenas está 'colhendo' o que 'plantou'. As pessoas sempre me perguntam isso. Eu digo pra você, de coração, que sou muito feliz na Paraíba. Muito feliz mesmo. Agora, claro, irei adorar receber um convite semelhante. Quem não gostaria? Mas o mais importante é saber que não condiciono minha felicidade a isso. Nos últimos dois anos, já houve a oportunidade de trabalhar em Curitiba, mudar para Brasília e voltar ao Recife. Por uns detalhes, as negociações não prosperaram. E da maneira como foram postas não seriam tão interessantes pra mim, minha mulher e minha bebê, que chega em poucas semanas. O relevante é ter a convicção de que, pra onde eu for, farei o jornalismo que sempre fiz: verdadeiro, social e com resultados. 

T - Pra encerrar: o que vc vai dizer quando sua filha terminar o 3º ano e disser "Papai, vou fazer vestibular para jornalismo?"

W - (Risos) Eu vou responder: 'Filha, você está disposta a renunciar um pouco da sua vida pessoal, trabalhar nos fins de semana e feriados, mas contribuir com mudanças sociais, ouvir relatos encantadores e elaborar reportagens únicas? Se ela disser 'sim', eu serei o primeiro a ensinar o que tenho aprendido e vivido como jornalista. 

sexta-feira, 15 de abril de 2011

VAMOS ARMAR AS CRIANÇAS...

Hoje é o dia do desarmamento infantil. Confesso que não apreendi direito o sentido da coisa. Mas, vamos deixar isso de lado e iniciar uma campanha para que as crianças se armem. De letras e conhecimento, de virtude e ética. Se armem contra a mediocridade através do pensamento e da leitura.
Para isso elas precisam de exemplo e incentivos, como os que sobram no trabalho dos voluntários do Grupo Atitude, da Cidade de Caiçara, no agreste Paraibano. A reportagem a seguir foi uma das 12 selecionadas em todo Brasil pelo Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo 2010.



quinta-feira, 14 de abril de 2011

SAEM NASCIMENTO E KARYN, ENTRA RACHEL


Fabíola Reipert, colunista do  R7, publicou hoje o seguinte texto:


"Está o maior climão no jornalismo do SBT. 


Carlos Nascimento e Karyn Bravo devem ser afastados do comando do SBT Brasil para serem substituídos por Rachel Sheherazade. 

Ela era do SBT da Paraíba, caiu nas graças de Silvio Santos e foi transferida para a sede da emissora em São Paulo. Ficou conhecida por fazer críticas ao Carnaval na TV. 

Se a mudança se concretizar, Nascimento ficará somente no Jornal do SBT Noite

O destino de Karyn Bravo é incerto. "


Há alguns dias postei aqui um texto em que Rachel Sheherazade foi usada como exemplo de boa profissional, inteligente e preparada - e diplomada - que conquistou uma posição de destaque por conta de sua competência. Confesso que não imaginava que, além de ir para uma cabeça de rede, ela iria substituir um jornalista da credibilidade e experiência de Carlos Nascimento. Acho que nem ela imaginava. É uma mudança radical para Rachel e para nós, acostumados com jornalistas do sul e sudeste nas principais bancadas de telejornais do Brasil.
Só podemos desejar muita sorte a Rachel. O resto, é certo, ela já tem.





quarta-feira, 13 de abril de 2011

VAMOS CELEBRAR AUGUSTO

O escritor e pesquisador da vida e obra de Augusto dos Anjos, Jairo Cézar, me enviou e-mail falando sobre a Programação do V Celebrando os Anjos de Augusto. O evento vai acontecer nos próximos dia 19 e 20 no Memorial Augusto dos Anjos, que funciona na casa onde morava a ama de leite do poeta, localizada no Engenho Pau D'arco, em Sapé.
Poeta único, Augusto merece toda homenagem que se lhe faça, pois ainda será muito pouco diante da genialidade de um escritor que, com um único livro, conseguiu marcar profundamente seu nome na história e entortar os conceitos da literatura em língua portuguesa.
A seguir, a programação completa e a reportagem que fizemos quando Jairo era diretor do Memorial.


19 DE ABRIL ( terça-feira)

8h -  MEMORIAL AUGUSTO DOS ANJOS
Apresentação Musical:  Romoaldo Batista

8:30h- Painel: Augusto dos Anjos e o Pau D’arco com Adauto Ramos e Nadja Cristiane                              
Mediador:  Aparecida Melo

9:30 h- ABERTURA OFICIAL 

10:30 h-  REUNIÃO LITERÁRIA CONJUNTA

Participantes: ALANE - Academia de Letras e Artes do Nordeste- PB, UBE - União Brasileira de Escritores- PB e Academia Feminina de Letras

11:30 h-  DECLAMAÇÕES À SOMBRA DO TAMARINDO

14:00 h-  BIBLIOTECA  AUGUSTO DOS ANJOS
Painel: Augusto dos Anjos: “ o Poeta do Ordinário”
Com Jairo Cézar (CAIXA BAIXA)
Mediador:  Nadja Cristiane

15:00 h: BIBLIOTECA AUGUSTO DOS ANJOS
Painel:  A Importância de Formar Leitores
Com  Fábio Vieira( CAIXA BAIXA) e Rosilda Alves( UEPB)
Mediador: Jairo Cezar

16:00 h: BIBLIOTECA  AUGUSTO DOS ANJOS
Coquetel: Lançamento da Produção do Filme  “SIMPLESMENTE  AUGUSTO”
Produtores: Companhia de Produções Cênicas de Sapé
                       Instituto de Desenvolvimento Social Augusto dos Anjos

16:20h- Lançamento de livros

17:00 h: PRAÇA JOÃO PESSOA

Oficina de Poesia com Bruno Gaudêncio(CAIXA BAIXA)

Apresentações Musicais

18:00h: A praça e um violino com Belle Soares

20 DE ABRIL(quarta-feira)

Missa


terça-feira, 12 de abril de 2011

80 ANOS, MIL FACES E NENHUMA MÁSCARA


Hoje Chico Anysio, maior humorista vivo deste país, completa oitenta anos. O ator/comediante que divertiu gerações com suas apresentações em formato stand-up ( tem gente que acha que o Danilo Gentili inventou isso), seus personagens e suas atuações memoráveis em filmes e novelas, passou por maus bocados nos últimos meses, quando esteve internado durante 110 dias com sérias complicações pulmonares.
Para o bem do Brasil, o homem das mil faces se recusou a vestir a máscara mortuária e já planeja voltar à ativa.

domingo, 10 de abril de 2011

NO DIA DA ENGENHARIA...


Nós não vamos falar de tijolos ou concreto, nem de engrenagens, nem de nada referente à física, ou qualquer outra ciência exata, dessas que se aprende nos bancos escolares. Hoje vamos falar de Construção.
Construção é o disco lançado por Chico Buarque de Hollanda em 1971. 
A obra é o resultado de um amadurecimento do compositor, que estava com 25 anos, casado e era pai de uma filha, Sílvia. Também é o 1º disco do compositor após seu exílio na Itália depois do AI5. A propósito, a canção Samba de Orly, uma das pérolas do álbum, foi feita por Chico em parceria com Toquinho e Vinícius de Morais. O motivo foi uma visita de Toquinho à casa da família Buarque em Roma. Na verdade o parceiro do Poetinha embarcou de volta para o Brasil no Aeroporto de Fiumicino, na capital italiana, mas como o aeroporto francês de Orly era mais conhecido dos brasileiros, Chico tomou esta liberdade poética.
Um outro aspecto marcante de Construção são os arranjos, assinados pelo maestro Rogério Duprat, referência do tropicalismo. Duprat deu a Chico a oportunidade de se afastar da imagem de "novo Noel Rosa", com orquestrações fortes e ousadas como em Deus lhe pague, que abre o disco.
Além disso, o álbum traz algumas das mais significativas composições Buarqueanas como Cotidiano,Valsinha (em parceria com Vinícius), Olha Maria (com o auxílio luxuoso do piano de Tom Jobim, parceiro na composição junto com o Poetinha) e a faixa título, uma das mais bem elaboradas obras da engenharia poética de Chico Buarque de Hollanda.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

ENTREVISTA - HARYANNE ARRUDA

Haryanne Arruda de Araújo nasceu em Pombal, mas sempre morou em João Pessoa. Filha de um Engenheiro Agrônomo e de uma Funcionária pública acabou enveredando pelo jornalismo. Atualmente é editora do jornal JÁ e também repórter e apresentadora da Tv Correio. Numa conversa informal ela falou ao Televisionário sobre profissão, redes sociais, família, amigos e diversão.

_Há uns tempos atrás você mostrava no Orkut uma foto sua quando criança. Aquela menininha já pensava em jornalismo ou televisão?

Eu comecei a me interessar por jornalismo por volta dos 17 anos, quando eu acessava o mIRC (um dos primeiros bate-papos da internet). Naquela época, eu acessava com o nick de LoisLane (namorada do Superman que é jornalista). Dai acho que transformei o virtual em real. E hoje adoro a profissão.

_Você curte internet, tecnologia, redes sociais, não é?
Desde que me entendo por gente, tenho acesso às novas tecnologias. Acho que muito foi influencia do meu pai, que sempre esteve à frente de seu tempo em relação a isso. Lembro que, quando eu tinha uns 10 anos, ele comprou o primeiro computador. Então passei por muitas etapas na questão informática e tudo que sei hoje eu aprendi fazendo, tentando.
Lembro que meu pai foi o assinante numero 2 da NetwayBBS, primeiro provedor de internet de da PB.
_Ainda sobre Lois Lane. Num dos filmes, ela sobe a Torre Eiffel do lado de fora do elevador em busca de uma notícia que poderia render um prêmio. O quão longe você iria por um furo jornalístico?
Eu acho que todo jornalista quer emplacar uma matéria exclusiva e furar a concorrência. Quando se consegue um nível de profissionalismo e se trabalha com ética, as notícias chegam sem muitos esforços. Nunca passei por uma situação de fazer coisas extraordinárias por um furo. Mas se a notícia vem até você, é sinal que você tem credibilidade. E é isso que acontece comigo.
_Quando você saiu da universidade demorou prá entrar no mercado? E mais, houve aquele choque academia/redação?
Quando eu comecei a cursar jornalismo, em 1999, sempre tive a preocupação de correr atrás de estágios. No 2º ano de curso, eu já estagiava numa agência de publicidade (9ideia), como redatora publicitária. Passei um bom tempo lá. Depois recebi a proposta de estagiar na produção da TV Correio. No último ano do curso, fui convidada pra ir pra assessoria de comunicação da Saelpa/Celb.
Fiquei lá quase dois anos e só saí pra começar a ser repórter da TV Correio e repórter da editoria de Economia do próprio Correio da Paraíba.
Acho que os estudantes devem procurar se infiltrar no mercado logo cedo. Você conhece as pessoas certas e quando acaba o curso é bem mais fácil ser efetivado porque as pessoas já conhecem seu trabalho.
_Repórter de Tv, jornal, apresentadora de programas policiais e de política. Tem alguma atividade preferida?

Eu acho vida de repórter a coisa mais bacana. Primeiro porque você conhece lugares e pessoas que você nunca teria oportunidade de conhecer se você não fosse repórter de rua. Gosto de contato com o povo, de contar as histórias pitorescas. Por isso gosto de ser prestadora de atenção.
Em relação a ser apresentadora de político é uma nova experiência. Nunca fui muito fã dessa área, mas depois que comecei, em Janeiro, peguei gosto. Mas a questão de eu exercer o trabalho no estúdio é totalmente diferente do meio da rua.
Procuro sempre fazer as matérias de política de um jeito que qualquer pessoa entenda. E acho que esse é o papel do repórter: descomplicar o que é complicado de se entender.
No JÁ, onde eu atuo como editora executiva é outra história, porque jornal impresso é totalmente diferente de texto de TV. E como o tablóide supre um gênero que não existia antes na Paraíba, se transforma num desafio todo dia. A linguagem é diferente e a abordagem também.
_Qual os momentos que você considera os mais marcantes de sua carreira?
Acho que o fato mais marcante foi quando aconteceu aquele incêndio no Presídio do Róger, não lembro bem a data exata (outubro de 2009 – NE). Mas eu me lembro que fui uma das primeiras a chegar ao local e me choquei bastante quando os agentes penitenciários começaram a retirar os presos queimados de dentro do presídio.
Era uma cena que eu nunca tinha visto e me chocou bastante. Nesse dia, a TV Correio ficou ao vivo do local, das 9h da manhã até as 15h. Entrei ao vivo em todos os programas da grade e ainda fiz três vivos nacionais para a Record News.
Fui um dia exaustivo. Acho que vai ficar marcado pra sempre.
Os momentos positivos, eu sempre falo que são quando ajudamos as pessoas. Quando fazemos matérias de apelo e as pessoas conseguem o que estavam precisando. Lembro de um casal que estava junto há quase 60 anos e o homem estava doente, precisando de fraldas. Os dois moravam num quarto bem pequeno.
Um dia após a reportagem o local não cabia de tanta coisa. Eu mesma voltei lá pra fazer a matéria e foi realmente emocionante.
_Tem alguma coisa na profissão que vc ainda não fez, mas tem vontade?
Eu tenho vontade de experimentar o rádio. Até hoje, de todas as mídias, essa foi a única com que eu ainda não tive oportunidade de trabalhar. Acho que deve ser bacana porque o feedback os ouvintes é imediato.
_Muita gente fala que nos bastidores os meios de comunicação são complicados, por causa dos egos, etc, Você acha o meio "perigoso"?
Eu acho que as pessoas têm que saber separar as coisas. Claro que alguns egos são inflados e em muitos casos isso é bem visível. Quem trabalha em TV, por exemplo, fica muito exposto. Tem muita gente que se acha o bambambam e por isso consegue ganhar a antipatia dos outros sem nenhum esforço.
_O mar, piña colada...quais suas paixões fora da redação?
Eu adoro estar com meus amigos. Amigos de verdade. É com eles que me divirto sem me preocupar com nada. Gosto do mar e sempre posso estou com o pé na área. O Piña Colada é um bar especializado em drinks que virou um refúgio. Toda semana eu e meus amigos nos encontramos lá pra jogar conversa fora. O local é agradável e os donos já se tornaram amigos.
Fora isso, sempre que dá, balanço o esqueleto. Gosto de rock e tenho amigos que tocam em bandas bacanas. Então é isso.
Ah, meu pai e meu irmão fazem um churrasco show de bola. E muitas vezes, à noite, quando chego em casa, tem um cheirinho bom de família.
_Haryanne Arruda em 140 caracteres:
Jornalista e prestadora de atenção em tempo integral. Escorpiana, bem humorada e viciada em chocolate. Doida pra que tudo dê certo.
Faltaram 9 caracteres (risos).

quinta-feira, 7 de abril de 2011

SOBRE UM DIA DEDICADO AOS JORNALISTAS


Uma vez um homem leu todos os livros de direito a que teve acesso. Pelo seu notório conhecimento foi chamado de rábula. Outro aprendeu, na prática, todas as minúcias da construção de casas. Ganhou o nome de mestre de obras. Um terceiro lidou, desde menino, com toda sorte de engrenagens, pistões, correias e outras peças. Mecânico ficou sendo seu nome. Eles não eram advogados, engenheiros civis ou mecânicos.
Um garoto estudou até o ensino médio, ou nem isso. Cresceu, arrumou emprego numa difusora, ou num jornal de bairro. Exigiu que o chamassem de jornalista.
O que isso quer dizer?
Para levar notícias a milhões de pessoas e formar opinião não é necessário um preparo específico?
Respondem os opositores: Jornalismo não é ciência. Eles têm razão. Jornalismo não é ciência. Ciência é a comunicação. Todo jornalista é um comunicólogo com habilitação em jornalismo. E um comunicólogo sabe muito mais do que falar, escrever, opinar e se postar diante de câmeras. Todas estas atividades podem ser consideradas técnicas. Qualquer pessoa que tenha uma boa base e conheça a língua portuguesa pode aprender a escrever de acordo com os moldes do radiojornalismo, telejornalismo, jornalismo impresso ou outro qualquer. O que não se aprende tão facilmente é a teoria da comunicação, que observa, codifica e decodifica todas as manifestações de transmissão de conhecimento, desde as pinturas rupestres até a cibercultura. Este arcabouço teórico, somado ás noções de filosofia, sociologia, antropologia, ética, história e conhecimentos específicos das tecnologias dos meios de comunicação e suas peculiaridades, fazem toda a diferença.
O olhar do comunicólogo sobre os fenômenos da comunicação e da vida comum é diferente, simplesmente pelo fato de ele ter mais recursos teóricos para fazer a análise. Um bom exemplo disso foi o de Rachel Sheherazade, alçada à uma cabeça de rede por conta de uma opinião embasada sobre o carnaval e suas meias verdades - e vejam que eu nem concordo com tudo que ela disse, mas a lógica e a base do discurso dela impuseram respeito. O segredo?  Uma visão panótica. É possível sem um diploma? Sim. Existem jornalistas diplomados e idiotas? Sim, mas acredito que são exceções. Rachel não é exceção, é regra. É também um alento.
Tem muita gente escrevendo. Mais gente ainda falando (inclusive os papagaios). Mas tem pouquíssima gente dizendo alguma coisa.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

TAIWAN É AQUI


Repercutiu – mal – na imprensa estadual a briga de Vereadores na Câmara Municipal de Guarabira. Jáder Filho e Gérson do Gesso quase saíram no braço depois de uma farta troca de acusações na tribuna.  O motivo teria sido o questionamento de Gérson sobre as constantes faltas de Jáder e dos motivos de saúde alegados por ele. O clima pesou quando Jáder disse do alto da tribuna – meio em câmera lenta - que Gérson era “falso, sem dignidade e que não merecia um pingo de respeito”, e terminou com a madura frase: “ o senhor vai me fazer um favor se não falar mais comigo”. O problema é que Gérson falou. Também da tribuna o parlamentar questionou novamente os atestados médicos do colega, dizendo que “testemunhas o vêem constantemente em mesas de bar”. O vereador também chamou Jáder de “destrambelhado” e insinuou que ele havia “consumido alguma substância que deixava sua dicção descoordenada”. Já no finalzinho da fala, começou o momento street fighting, quando Jáder Filho tirou o paletó e ameaçou partir prá ignorância. A cena chegou a ser engraçada: com medo de um quebra na Câmara, o Presidente Chico Mala disparou ao microfone: “se não há mais nenhum inscrito, declaro encerrada a sessão, em nome de Deus”. Mas nem o nome divino acalmou os ânimos e a turma do deixa disso teve que exercitar o bom senso. Na manhã desta quarta-feira, a chave de ouro: Em entrevista a Rádio Guarabira FM, Gérson do Gesso revelou que, por conta de um telefonema ameaçador que teria recebido de Jáder, registrou queixa na 1ª DD de Guarabira. Nós procuramos o vereador Jáder Filho, mas ele não atendeu nossas ligações. O fato é que além de um mico no melhor estilo parlamento de Taiwan, o caso vai ter desdobramentos legais.
Alguém aí tem a impressão de que eles não são pagos prá isso? Então entra na fila!

O DOMINGO ESFRIOU


O último domingo foi o primeiro em que o programa Esquenta, apresentado por Regina Casé, não foi exibido. No lugar voltou o titular do horário, Aventuras do Didi. Com todo respeito pela história de Renato Aragão, a troca foi terrível. O modelo está cansadíssimo.
Já o Esquenta foi um programa de verão que merecia se tornar permanente. Regina e sua equipe mostraram como é possível fazer TV de forma popular sem baixar o nível, como é possível discutir temas importantes sem apelar para lugares comuns ou maletices, como misturar Ivone Lara com funk sem ferir as peculiaridades de cada um, como fazer o que todos deveriam: abrir espaço para todas as vozes e deixar que o público tire suas próprias conclusões. Em que outro palco poderia se ouvir Fernando Henrique Cardoso e Marcelo D2 conversando sobre a questão das drogas de uma forma franca e sem meias palavras? A própria presença do ex-presidente dá a medida da credibilidade de que Regina desfruta. O Esquenta – que talvez volte no meio do ano – foi um tapa de luva de pelica na cara de quem defende que a “língua do povo” é chula ou burra. Salve Regina! 

TELEVISIONÁRIO NO AR

Caros amigos, estamos de volta. Depois de ver o 1º Televisionário dar defeito e passar alguns meses sem escrever, eis-me aqui. Vamos conversar sobre as notícias do dia, comunicação, filosofia, humor e cultura (e um pouquinho de Futebol, vai!),
Pau na máquina!