O último domingo foi o primeiro em que o programa Esquenta, apresentado por Regina Casé, não foi exibido. No lugar voltou o titular do horário, Aventuras do Didi. Com todo respeito pela história de Renato Aragão, a troca foi terrível. O modelo está cansadíssimo.
Já o Esquenta foi um programa de verão que merecia se tornar permanente. Regina e sua equipe mostraram como é possível fazer TV de forma popular sem baixar o nível, como é possível discutir temas importantes sem apelar para lugares comuns ou maletices, como misturar Ivone Lara com funk sem ferir as peculiaridades de cada um, como fazer o que todos deveriam: abrir espaço para todas as vozes e deixar que o público tire suas próprias conclusões. Em que outro palco poderia se ouvir Fernando Henrique Cardoso e Marcelo D2 conversando sobre a questão das drogas de uma forma franca e sem meias palavras? A própria presença do ex-presidente dá a medida da credibilidade de que Regina desfruta. O Esquenta – que talvez volte no meio do ano – foi um tapa de luva de pelica na cara de quem defende que a “língua do povo” é chula ou burra. Salve Regina!
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