segunda-feira, 27 de junho de 2011

TRÁFICO DE ANIMAIS EM MAMANGUAPE


Nas primeiras horas da noite de hoje, a Polícia Ambiental e o IBAMA localizaram em Mamanguape, uma residência onde havia mais de cem animais silvestres aprisionados.

A ação ocorreu depois de uma denúncia anônima. Ao chegarem ao local os policiais e os fiscais do IBAMA constataram que o funcionário público Mário Dias de Lima, de 63 anos, mantinha um grande viveiro onde havia mais de cem aves de pequeno e médio porte, além de quatro cotias. Entre os pássaros, chamou a atenção a presença de papagaios amazônicos, o que, segundo as autoridades, reforça a hipótese de tráfico de animais.

Segundo Jaime Pereira, do IBAMA, o proprietário dos animais pode pagar uma multa de mais de R$ 140.000,00 já que foi confirmada a posse de espécies ameaçadas de extinção. Além do procedimento administrativo, Mário Dias vai responder a processo criminal. 

Os animais foram apreendidos e serão encaminhados ao CETAS - centro de triagem de Animais Silvestres - onde passarão por uma avaliação clínica.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

NOVO CHICO: INTERNET E BASTIDORES

Na próxima segunda-feira Chico Buarque, uma das lendas vivas de nossa música, põe em pré-venda na internet (www.chicobastidores.com.br) seu novo álbum, lançado pelo selo Biscoito Fino. Quem fizer a encomenda antecipada, já que o CD só chega às lojas no dia 20 de julho, vai receber uma senha através da qual terá acesso à primeira música de trabalho, capa e um vídeo que mostra os bastidores de todo o processo de produção da obra (confira o trecho abaixo). 

Um novo álbum de Chico sempre gera expectativas. Ele não costuma fazer concessões mercadológicas e só lança algo novo quando tem o que falar. Embora eu ache que desde os anos noventa, quando Luis Cláudio Ramos passou a fazer arranjos para as canções dele, Chico tenha passado por um processo de sofisticação que tirou parte de sua virilidade, ou para melhor dizer, de sua malandragem intrínseca, não se pode questionar a qualidade poética e musical deste ícone da MPB. Vem coisa boa por aí.




Chico Bastidores from Chico Buarque Bastidores on Vimeo.

terça-feira, 14 de junho de 2011

DEUS: DÁ PRA EXPLICAR?

 De acordo com o site http://www.arteducacao.pro.br , 14 de junho é o Dia Universal de Deus ( favor não confundir com outras "universalidades"). Confesso que não sei por que motivo a data foi associada ao tema. De toda forma, a informação me fez pensar sobre o conceito de divindade. Como enxergamos o sagrado desde o tempo em que costumávamos morar nas cavernas. É interessante perceber como nas comunidades mais primitivas esta noção de algo superior e incriado povoa nosso imaginário.

Independente das opiniões em contrário, acredito que haja verdade na ideia de que a inteligência não pode surgir do caos. A harmônica arquitetura cósmica e microscópica dá lugar a ideia de que uma inteligência suprema coordena tudo.

O problema é que, além dessa lógica, sobra gente tentando explicar "quem" (como se fosse uma pessoa) ou o que é Deus. No fim das contas, falam muito e dizem quase nada.

Diz a lógica que tudo o que se aproxima da ideia de perfeição, teoricamente, se aproxima de Deus. Mas o próprio conceito de perfeição é falho, por ser observado através do caleidoscópio de nossa consciência imperfeita.

Se Deus se chama Iaweh, Alah, Tupã ou se eles todos são faces dessa divindade, o fato é que a tentativa de explicá-lo e compreendê-lo atravessa os milênios com poucos resultados.

É como se o sentimento, imponderável como o divino, estivesse mais apto a avançar nessa relação. Sentir Deus seria menos desconcertante do que tentar entendê-lo, como bem ilustrou Gilberto Gil numa de suas mais inspiradas canções.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

ENTREVISTA - WELLINGTON FARIAS


Wellington Alexandre de Farias nasceu em Serraria, no brejo paraibano, há 53 anos. Seu primeiro emprego, aos 13 anos, já tinha relação com a comunicação. Wellington foi mensageiro de posto telefônico. Quando alguém ligava para o posto de Serraria querendo falar com algum morador, era ele quem ia até a casa do cidadão avisar sobre a chamada. Radicado em João Pessoa desde 1972, tem uma longa história no Jornalismo paraibano. Em 2011 se tornou um dos integrantes do trio que compõe o Correio Debate, da rede Correio Sat. Bem ao seu estilo, ele conversou com o Televisonário e não fugiu de polêmicas. 

T – Como foi que você começou a trabalhar com jornalismo? 

Comecei na imprensa na Rádio Tabajara, então PRI-4 com sede na Rodrigues de Aquino, no centro de João Pessoa. Fui levado pelo jornalista Gilvan de Brito, então diretor de jornalismo da Tabajara. Não sabia nada de jornalismo, noticia etc. São lia e ouvia. O grande redator Armando Nóbrega estava para sair da emissora. Eu desempregado, ainda muito jovem, e conhecia Gilvan que me ofereceu a chance. O cavalo estava passando selado e eu montei. Era um desafio, sobretudo para um jovem do meu nível cultural e de conhecimento zero de jornalismo. Aceitei o convite e comecei como rádio-escuta. Ouvia os noticiários da Rádio Globo, "O Globo no ar". Gravava num gravador de rolos de fita. Transcrevia tudo para o papel e passava para o locutor ler na hora do noticiário nacional e internacional. 

T - Alguém te orientava? 

Os redatores e locutores me orientavam principalmente Paulo Rosendo e Assis Mangueira. Paulo foi o noticiarista da Tabajara ao longo de anos. Ele fazia o Informativo Tabajara. Às vezes eu pegava eventualmente uma notícia, redigia sem saber, aquele texto truncado de aprendiz. Ela pegava de primeira na cabine de rádio e ajeitava o texto no ar. Era uma fera. 

T - E depois desse aprendizado inicial na Tabajara, o que aconteceu? 

Aconteceu que Paulo Santos tomou uma mal tomada e foi demitido do jornal A União. Ele trabalhava comigo na Tabajara e me encaminhou ao então chefe de reportagem do jornal, Frutuoso Chaves, com um bilhete que dizia: "Frutu, esse magrelo trabalha comigo na Tabajara. Joga uma pauta em cima dele pra você ver". Ai fui estagiar e tem uma história muito curiosa nesse estágio. Quer saber? 

T - Com certeza. 

Eu fui fazer o estágio. Como não sabia de nada, nunca tinha feito reportagem, entrevista etc, Gilvan de Brito, que me deu a mão na Rádio Tabajara, redigiu as "minhas" notícias nos primeiros dias. No primeiro teste, quando Frutuoso leu o "meu" texto, espantou-se: "Cara, onde você aprendeu? Você tem um dos melhores textos do jornalismo paraibano”. Só que as matérias eram de Gilvan. Uma semana depois, Gilvan deixou de fazer e eu comecei a fazer os meus. Outro susto em Frutuoso: quando ele leu meu texto mesmo reagiu: "Oxente, cara, o que está havendo, você desaprendeu geral". Foi muito engraçado 

T - Quando foi que você notou que aprendeu de verdade? 

Exatamente quando boa parte das minhas matérias passou a ser manchetes do jornal. Ai senti que tinha engatado, decolado. 

T - Você já tem uma longa estrada no jornalismo. Por onde ela passou? 

Rádio Tabajara, jornal A União, jornal O Norte, TV Tambaú, correspondência do jornal O Globo (cobri as primeiras eleições diretas na Paraíba para o Globo), freelancer para a revista Veja. Jornal Diário do Estado, em Natal. Acho que só. 

T - Na verdade você esqueceu o Sistema Correio... 

Jornal Correio, claro, onde passei a maior parte da minha carreira. Essa foi grave! 
Passei várias vezes pelo Correio 

T - Tem algo que você considera que marcou sua trajetória? 

Pelo menos no momento atual, não. Mas acho que o que mais marcou minha trajetória no jornalismo impresso, pela grande repercussão nacional que teve, foi a reportagem que fiz denunciando o plágio de Zé Ramalho com a música Força Verde. Faz muito tempo, mas até hoje (esta semana mesmo no rádio) as pessoas falam e perguntam a respeito. 

T - No documentário de Elinaldo Rodrigues (O herdeiro de Avôhai), Zé diz que o texto – retirado de uma revista do Incrível Hulk e que serviu de base para a letra da música - não tinha crédito e que consultou o produtor. O cara teria dito que aquilo era só um gibi e que não tinha problema. Você acha que o erro foi cometido por ingenuidade mesmo? 

Não é verdade, está lá nos créditos. Texto de William Yeats com tradução de Roy Thomas. 

T- Você tem uma opinião sobre o que levou Zé, autor de grandes letras, a não creditar o poeta e acabar se metendo nessa confusão? 

Ele leu o gibi dez anos antes. Musicou o texto e mostrou para colegas de música, em João Pessoa, como se fosse de sua autoria. Um deles, cujo nome me foge à memória, me contou isso. Exatamente dez anos depois, em 1982, ele já famoso, incluiu a música, muito bonita e bem arranjada, naquele que seria o seu grande disco. E deu explicações sobre Força Verde, que tinha a ver com a natureza brasileira etc. Foi em entrevista ao Jornal do Brasil, capa do Caderno B anunciando o lançamento do disco. O que ele disse, não tinha nada a ver, de fato, com a história que viria à tona depois. 

T - Houve má fé então? 

Disso não tenho a menor dúvida. Zé é um grande compositor, músico fantástico. Não precisaria disso. Bastava ele citar que o texto era de William Yeats e musicado por ele. Imagina só, o mérito pra ele, ter competência (e muita) para musicar bem um texto do Premio Nobel de Literatura. Acho que seria melhor pra ele. Mas tem aquela história intima da ganância e da vaidade de ser demais em tudo. Deu errado. Ele passou oito anos sem gravadora depois disso (N.E. – depois de Força Verde Zé lançou mais cinco álbuns, sem conseguir repetir os sucessos anteriores, até que foi dispensado pela gravadora). Ele na época, disse que na reportagem que fiz eu estava a serviço de Wilson Braga, porque o parente da tia dele ou dele, Antonio Mariz, disputava com Braga o Governo do Estado. Detalhe: fui eleitor de carteirinha de Mariz e jamais votei em Braga. Era meu dever profissional divulgar aquilo. Senão eu não seria jornalista. 

T - Você não tem medo de mexer vespeiro, não é? 

Não. Quando essa informação chegou à redação do jornal, foi como um enxame. Ninguém queria fazer. Todos fugiram inclusive os jornalistas da área de cultura. Eu era chefe de reportagem e achei um absurdo que um fato desse fosse escondido. Me comprometi a fazer, a matéria tinha que sair. A questão foi discutida até no Palácio, no governo de Burity, eu acho, porque o jornal era do governo e Zé um talento da Paraíba. E decidiram lá: desde que o autor assine, pode fazer. Eu fiz, assinei e a matéria saiu. 
Quem correu da raia, deu demonstração de que, no fundo, não é jornalista! 

T – Wellington Farias se considera polêmico? 

Eu termino sendo polêmico pela minha característica de abordar temas que para os nossos padrões não são comuns. Veja que alguns jornalistas bateram pino para fazer a matéria do plágio. É este o papel da imprensa, se recusar a tornar os fatos públicos? Quando é para elogiar, não falta gente. Trabalho jornalisticamente sempre pensando no consumidor de informação. Procuro fazer aquela pergunta que o consumidor de informação quer fazer, que se identifique com ele, que atenda às suas aspirações 

T - Tem muita gente fazendo jornalismo lagartixa atualmente na Paraíba? 

É o que mais tem. Nunca vi uma fase tão ruim da nossa imprensa como esta. Acho que o toco está institucionalizado. Uma vergonha para a nossa imprensa. Hoje temos uma imprensa dividida: a imprensa de Cássio; a de Maranhão. Existe a imprensa Ricardista? Ai justiça se faça ao governador: a imprensa Ricardista é aquela que está ao lado de qualquer governador. Mas não sinto que Ricardo tenha esse perfil de comprar jornalistas. Posso estar enganado, mas não vejo isso. Mas acrescento: Ricardo não compra jornalista, mas também não gosta de jornalista que lhe faça crítica e, se possível, ele pode até pedir a cabeça ou, por qualquer via, tentar calá-lo. 

T – Não existe um certo elogio da ignorância na imprensa paraibana atualmente? 

É claro que o elogio a ignorância compromete qualquer trabalho jornalístico. O jornalismo que aplaude a ignorância por si só é ignorante também. O jornalismo também tem a missão de educar, abrir horizontes e formar opinião. Nada disso combina com a ignorância. 

T – E a ignorância dos próprios jornalistas? 

Já foi pior no passado. No tempo em que iniciei era muito pior. O nível de ignorância era muito maior. Havia dois três, no máximo meia dúzia, que havia lido Dom Quixote ou tinha o hábito de leitura. O resto era zero à esquerda, culturalmente. Presenciei muitos vexames e vergonhas alheias em entrevistas coletivas com pessoas cultas e preparadas, pelo nível das perguntas dos jornalistas. Sabe aquele coleguinha passar um tremendo atestado de ignorância, de analfabetismo e sem o menor conhecimento do assunto em questão?!! 
E, em algumas ocasiões, fiquei calado, também pela minha própria ignorância sobre o assunto. 

T- Você já foi censurado? 

Tantas vezes que perdi a conta. Censura é uma das coisas que mais me angustiam. Não tenho problema nenhum com salário baixo. Sempre ganhei pouco. Com jornada de trabalho beirando a escravidão moderna. Tudo isso eu tolero. Mas algumas vezes, sobretudo no jornal impresso, tive sérios problemas com censura. E, pasme, geralmente por uma conveniência do editor de plantão. 

T - Diante dos percalços da profissão já pensou em mandar tudo às favas? 

Inúummmerasss vezes! Já fiz isso uma vez. Não dá certo. Jornalismo é uma cachaça. Você não aguenta ficar fora. Mas já vivi momentos de tanta angústia com limitações ao exercício da profissão, do fazer jornalismo, que pensei em cair fora. Fiz uma tentativa que não durou mais de três meses. 

T - Serraria e a música te ajudam nesses momentos de angústia? (N.E. O jornalista mantém, de forma voluntária, uma escola de música em sua cidade natal) 

Muito. Serraria nem de longe é a Serraria dos meus bons tempos de infância e adolescência. Mas Serraria me remonta aos melhores períodos da minha vida. E a música é uma terapia fantástica: mexe com a alma, com todos os sentimentos, provoca emoções e relaxa. Todo mundo deveria tocar um instrumento ou cantar. 

T - Um garoto está entrando hoje no curso de jornalismo, cheio de vontade e idealismo. Qual o seu recado pra ele? 

Continue, é uma profissão maravilhosa. Mas é acima de tudo um sacerdócio. Se estiver entrando por mera vaidade, caia fora e vá fazer Direito ou Medicina. Mas se sabe qual a finalidade do jornalismo e qual a missão do jornalista, continue. Agora, quando se formar, caia fora da Paraíba. Fazer Jornalismo aqui é utopia 

quinta-feira, 9 de junho de 2011

FESTAS JUNINAS NO BREJO


Junho chegou e, com ele, os preparativos das cidades brejeiras para o São João.

Em Guarabira vai haver Santo Antônio, etapa do Forró Fest e festival de quadrilhas. Depois a capital do brejo volta a festejar no São Pedro, com muito forró e o Sanfona Fest.

Em Solânea uma grande estrutura está sendo montada para receber turistas a partir do próximo domingo. O forró vai até o dia 24, em escala industrial.

Já em Bananeiras, o já consolidado São João pé de serra deve atrair turistas interessados em tradição, boas acomodações, história, cultura e gastronomia.

Mas se a opção do visitante é viver uma festa junina como as dos bons tempos, a opção é Borborema. A cidade vai ter pavilhão, comidas típicas, fogueiras e muito forró tradicional. Um São João de interior, como manda o figurino.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

CRÔNICA DE DESPEDIDA PARA DEJAN PETKOVIC




O tempo prendeu a respiração enquanto a torcida agitava as mãos no simbolismo real de uma transfusão de energia. As lembranças do momento, impregnadas de emoção, sugerem a ilusão de que um silêncio ensurdecedor se impôs enquanto o camisa 10, posicionado, tinha a visão premonitória de um portal que o conduziria ao seleto recinto da imortalidade. O chute, a trajetória perfeita e impossível, o esforço sobre-humano do goleiro para impedir, em vão, a passagem da bola. Ele não sabia que o que resvalou em suas mãos não poderia ser detido, pois era o próprio destino irrefreável.

O ano era 2001, o Flamengo se tornava, contra todos os prognósticos, tricampeão estadual. O gol de falta de Dejan Petkovic, o Pet, o transformou em um ídolo inesquecível.

Mas se engana quem acha que o gringo só fez isso pelo Rubro Negro. Neste mesmo ano, com outro belo gol de falta, Pet ajudou o Flamengo a vencer a Copa dos campeões. Já em 2009, voltou ao clube depois de um período perambulando por outras agremiações. Aos 37 anos, foi recebido com desconfiança, mas aos poucos mostrou que seu futebol de rara categoria ainda estava intacto. No Brasileiro daquele ano ele fez dois gols olímpicos e também um dos mais belos gols do campeonato, quando driblou a zaga do Palmeiras e aproveitou uma brecha no tempo/espaço para finalizar de forma primorosa. Junto com o Imperador Adriano, Pet desequilibrou partidas e se destacou num time de estrelas.

Neste domingo Dejan Petkovic fez sua última partida pelo Flamengo. Durante 45 minutos a torcida teve a oportunidade de vê-lo desfilar como um legítimo herdeiro da camisa 10 de Zico. Um camisa 10 como poucos e, hoje em dia, cada vez mais raros. Um craque, um ídolo, eternamente em nossos corações.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

NOVOS VELHOS X-MEN


Estréia hoje nos cinemas X-MEN – Primeira Classe. O filme co-escrito e produzido por Brian Singer, diretor dos dois primeiros longas da trilogia X-MEN, é ambientado nos anos 1960 e mostra, como diz o nome, Charles Xavier recrutando seus primeiros alunos. A surpresa, para quem não conhece bem a história dos mutantes dos quadrinhos, é que, neste período, Magneto e Xavier são amigos, apesar de acreditarem em soluções diferentes para o futuro da relação humanos/mutantes.

Entre os personagens já conhecidos há versões mais jovens de Fera, Mística e Sebastian Shaw. Banshee, X-MAN que integrou nos quadrinhos a segunda formação da equipe, também aparece em X-MEN – Primeira Classe. O filme trata de uma questão chave, que sempre foi o núcleo duro da criação mutante de Stam Lee: a discussão sobre diferenças, preconceito e supremacia racial. Só isso já é mais do que suficiente para fazer um longa à altura da trilogia. Claro que sempre se pode errar a mão e fazer algo irrelevante e dispensável como X-MEN - Origens: Wolverine.

Se o diretor Matthew Vaughn acertou ou não, só conferindo nos cinemas.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

SBT BRASIL: RACHEL SE SALVA


Esperei pelo segundo dia para não ter apenas as impressões da estréia, às vezes atrapalhada pela ansiedade e outros fatores.

O novo SBT Brasil, apresentado por Joseval  Peixoto e Rachel Sheherazade, não me surpreendeu.  Ao menos, não positivamente. Na primeira noite o script parecia invertido, com matérias de comportamento abrindo o programa, o que, óbvio, tira o impacto de qualquer jornalístico. No segundo dia o problema foi resolvido e a coisa melhorou.

O cenário, que estava ótimo com Nascimento e Karin, deu lugar a algo roxo e datado – como já havia acontecido nos tempos de Ana Paula Padrão.

Já no que diz respeito aos apresentadores há um desnível. Joseval Peixoto é um profissional de 73 anos, já passou por alguns dos mais prestigiados meios de comunicação do país, foi narrador esportivo e ultimamente apresentava o Jornal da Manhã da Rádio Jovem Pan. Mas, a despeito do currículo, ele é o elo fraco da corrente. Joseval pertence a uma escola na qual os apresentadores de telejornais não precisavam interpretar  - na entonação e no gestual – as notícias. Também não precisavam interagir de forma despojada e natural com o companheiro de bancada.  O que sobra em segurança, falta em jogo de cintura. Parece engessado.

Irretocável mesmo só o desempenho de Rachel. Competente como apresentadora, segura e sóbria como comentarista. Mas isso também não é novidade nenhuma.