quarta-feira, 27 de julho de 2011

MUDANÇAS NA TV CORREIO


Diovane Filho informou hoje no twiter que se desligou da TV Correio. No post, o jornalista se despediu de forma emocionada. Durante os últimos anos ele foi editor do Correio Espetacular. Agora Diovane vai enfrentar um novo desafio como editor do Jornal da Arapuan.

O Espetacular, que foi recentemente reformulado e transferido para o sábado, ficará sob a direção de Linda Carvalho. Familiaridade não vai faltar, já que ela é apresentadora do programa desde a primeira edição ao lado de Abelardo Jurema.

As mudanças ainda atingiram o Cantos e Contos, apresentados pelos Nonatos, que era dirigido por Linda. O novo editor do programa ainda vai ser definido.


LITERATURA, PASSADO E PRESENTE


Ontem foi um dia literariamente especial. Logo de manhã ao acessar o site do escritor, jornalista e crítico de TV Anco Márcio (www.ancomarcio.com), me deparei com um post que tecia comentários sobre meu trabalho como repórter. Fiquei feliz com as referências elogiosas, principalmente por dois motivos: Anco entende do assunto e não precisa fazer elogios para agradar ninguém. 

A literatura? Bem, quando criança eu tinha entre os meus preferidos dois livros de Anco Márcio : Historinhas de Ninar e A invasão do Reino Encantado de Mimesópolis.


Mas a coisa não acabou por aí. No começo da tarde um carteiro me entregou um exemplar de O cristal dos verões, livro lançado em 2007 pela Editora Escrituras para comemorar os 40 anos da poesia de Sérgio de Castro Pinto. Dias atrás, o próprio Sérgio entrou em contato comigo pelo Facebook e perguntou se eu  tinha um exemplar. Diante da negativa, fez a gentileza de me enviar o volume, que vem se juntar a outros que tenho do grande poeta paraibano.

O cristal dos verões contém poemas de todos os livros de poesia de Sérgio: Gestos Lúcidos (1967), A ilha na ostra (1970), Domicílio em trânsito (1983), O cerco da memória (1993), A quatro mãos (1996) e Zôo imaginário (2005).

A leitura é obrigatória para qualquer um que se interesse por poesia e literatura. Sérgio é, na minha opinião e sem demérito para os demais, o maior poeta paraibano vivo e um dos maiores do Brasil. Um arquiteto dos versos, com o rigor e um João Cabral de Melo Neto, mas com um humor que passa longe da sisudez do Camarada diamante.

Reler poemas como Rio-têxtil, Camões/Lampião, Noturnos, Atos Falhos e A coruja é um delicioso exercício nostálgico e estético.

Para compartilhar um pouco desta boa sensação, reproduzo aqui uma das pérolas desses 40 anos de poesia:


POETA X POEMA

nem sempre o poeta
ronda o poema
como uma fera a presa.

às vezes, fera presa e acuada
entre as grades do poema-jaula,

doma-o o chicote das palavras.






sábado, 23 de julho de 2011

AMY E O CLICHÊ DOS 27


Aos 27 anos, Amy Winehouse sai da vida para se encaixar no clichê criado com as mortes de Jimy Hendrix, Jim Morrison e Janis Joplin e tardiamente repetido por Kurt Cobain. Música, holofotes, estrelato, drogas e um tormento interior perene...

Como os outros, ela vai passar a ser venerada como uma espécie de avatar musical ("meus heróis morreram de overdose"), que passou pelo mundo para brindar os mortais com sua arte inigualável ( ah, a necrofilia da arte).  Tão impressionante quanto fantasioso. Amy - sem dúvida uma cantora extraordinária - viveu num limbo entre a realidade e o delírio, entre a delícia e a desgraça. No final, só encontrou a saída deste labirinto para o barco de Caronte.

De sublime, ficou o canto registrado em apenas dois álbuns.

terça-feira, 19 de julho de 2011

ÁGUAS E DESAMPARO


A imagem acima foi registrada ontem no município de Mulungu, onde o rio Mamanguape subiu e desabrigou cerca de 50 famílias, além de transtornar outras tantas. A casa paroquial e as escolas da cidade estão servindo de abrigo. Faltam alimentos, cobertores e roupas. Duas crianças foram socorridas para o Hospital de Trauma da Capital depois de sofrerem queimaduras de terceiro grau, num incêndio causado pelo fogo de um candeeiro, usado para iluminar a casa, já que a energia da cidade foi desligada para evitar qualquer curto-circuito.

O garotinho de fraldas, espreitado pelo rio, que ameaça entrar pelos fundos da casa, é um símbolo do sofrimento e desamparo de todas estas famílias.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

SOBRE ROCK E GENIVAL LACERDA


Hoje é o dia mundial do Rock. Este ritmo que nasceu das raízes negras e se expandiu pelo mundo graças a um branco com alma e voz de negro, acabou se tornando o gênero musical mais influente que existe. O Rock moldou a moda, quebrou preconceitos, subverteu comportamentos e sugeriu modos de pensar e viver.

Elvis, Beatles, Stones, Zeppelin, Pistols, Guns, U2, Nirvana, Oasis, Strokes, fizeram e fazem parte da vida de milhões de pessoas em todo o mundo.

No Brasil o mesmo aconteceu com Celly Campelo, Roberto, Mutantes, Secos e Molhados, Raul, Cazuza, Legião, Lobão, Chico Science...

Raul Seixas dizia que Elvis e Jerry Lee tinham a ver com Genival Lacerda. Pois bem, é isso. O Rock é, por natureza, irreverente, seja no sentido debochado, satírico, irônico ou contestador. O que está fora disso está fora do Rock.

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Hoje nós tivemos o prazer de participar do Conexão 90 graus, apresentado por Ikeda Gomes na Guarabira FM. Especial Dia Internacional do Rock. Na foto Josinaldo Januário, Paulo Costa, este blogueiro e Ikeda Gomes.

terça-feira, 12 de julho de 2011

DE NOVO, OUTRA VEZ, NOVAMENTE


Tá ficando chato.

Na madrugada de hoje a agência do Bradesco de Alagoinha foi pelos ares. Os bandidos fugiram, mas dois deles se deram mal. Se acidentaram e foram catados pela polícia nas proximidades de Mulungú. A dupla é de Alagoinha mesmo e foi encontrada com R$ 7.000. Os outros dois integrantes da quadrilha deram no pé. 

Tá ficando chato por conta da repetição. Quantos já foram desde o começo do ano? Confesso que já perdi a conta. 

Mais: de ontem pra hoje foram quatro ataques a instituições bancárias só na região do brejo. Assalto ao Banco do Brasil de Mari, assalto ao Multibank de Belém, arrombamento de caixa eletrônico em Guarabira e a explosão de Alagoinha.

Tudo que vira rotina fica chato. Daqui a pouco, isso não é mais nem notícia, de tão corriqueiro.


segunda-feira, 11 de julho de 2011

CRIME, REPÓRTERES E UBIQUIDADE


Ubiquidade é a propriedade de estar em vários lugares ao mesmo tempo. Pois bem, venho percebendo que esta deve ser uma característica a ser conquistada por nós, os repórteres.

Hoje fui a Mari para cobrir o assalto ao Banco do Brasil, por volta do meio dia. Houve tiroteio e um refém foi arrastado por pelo menos um quarteirão. Chovia bastante e a coisa não estava muito fácil. Mas ainda não era tudo. Uma fonte me ligou informando que o Multibank de Belém acabara de ser assaltado. Com a reportagem pela metade eu não poderia largar tudo e seguir pra lá. Resultado: Belém ficou sem cobertura.

Na semana passada, eu estava finalizando um VT em Arara, onde um posto de combustíveis foi assaltado, quando um popular chegou numa moto e anunciou: Os Correios de Bananeiras acabaram de ser alvo de uma dupla de assaltantes! Percorremos rapidamente os vinte quilômetros que separam as duas cidades e conseguimos fazer a reportagem ainda no calor dos acontecimentos. O problema é que, enquanto estávamos na frente da agência da ECT, alguém liga pra dizer que um grupo de comerciantes havia sofrido um seqüestro relâmpago em Alagoinha. Aí não teve jeito. Três ao mesmo tempo já é um pouco demais.

Política de segurança pública equivocada, lei que afrouxa prisão para ladrões, tudo contribui para este estado de coisas.

Só aprendendo a desenvolver o dom da ubiquidade para acompanhar o ritmo dos criminosos.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

VÁ PRA PQP


O prefeito de Mari, Antônio Gomes, e o radialista mariense Fabiano Lima andam estremecidos. 
Semana passada o comunicador questionou, em seu programa na Rádio Guarabira FM, por que toda festividade promovida pela prefeitura de Mari tinha a dupla Sirano e Sirino entre as atrações. Resultado: no domingo, durante o São João Pedro - onde estavam tocando...Sirano e Sirino - o gestor subiu ao palco e passou a criticar o radialista de forma contundente. Para fechar com chave de ouro, um dos forrozeiros da dupla usou o microfone para mandar Fabiano, digamos, "de volta ao convívio de sua mãe".
Isso é que é saber conviver com o contraditório.