segunda-feira, 11 de julho de 2011

CRIME, REPÓRTERES E UBIQUIDADE


Ubiquidade é a propriedade de estar em vários lugares ao mesmo tempo. Pois bem, venho percebendo que esta deve ser uma característica a ser conquistada por nós, os repórteres.

Hoje fui a Mari para cobrir o assalto ao Banco do Brasil, por volta do meio dia. Houve tiroteio e um refém foi arrastado por pelo menos um quarteirão. Chovia bastante e a coisa não estava muito fácil. Mas ainda não era tudo. Uma fonte me ligou informando que o Multibank de Belém acabara de ser assaltado. Com a reportagem pela metade eu não poderia largar tudo e seguir pra lá. Resultado: Belém ficou sem cobertura.

Na semana passada, eu estava finalizando um VT em Arara, onde um posto de combustíveis foi assaltado, quando um popular chegou numa moto e anunciou: Os Correios de Bananeiras acabaram de ser alvo de uma dupla de assaltantes! Percorremos rapidamente os vinte quilômetros que separam as duas cidades e conseguimos fazer a reportagem ainda no calor dos acontecimentos. O problema é que, enquanto estávamos na frente da agência da ECT, alguém liga pra dizer que um grupo de comerciantes havia sofrido um seqüestro relâmpago em Alagoinha. Aí não teve jeito. Três ao mesmo tempo já é um pouco demais.

Política de segurança pública equivocada, lei que afrouxa prisão para ladrões, tudo contribui para este estado de coisas.

Só aprendendo a desenvolver o dom da ubiquidade para acompanhar o ritmo dos criminosos.

Um comentário:

  1. Hebinho, parabéns pela abordagem do tema. Paraauxiliar a dura missão de repórter não seria nada ruim a ubiquidade.

    Jota Alves

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