Logo de manhã vejo minha amiga Eugênia Victal postar no twitter que oito de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Colesterol.
Tuitei: "Ok, vou cancelar a a costelinha de porco que iria comer no almoço!!" Brincadeira, óbvio. Não tinha costelinha no menu. Se tivesse, confesso, não cancelaria de forma alguma!!!
É bem verdade que os problemas cardiovasculares tem matado muita gente. O problema é bem palpável e se tornou pior desde que nossa alimentação se tornou mais "americana".
Mas também é verdade que é muito difícil, torturante e frustrante (eu poderia dizer mais...) ficar longe de algumas delícias como a já citada costelinha, uma boa feijoada, um pirãozinho, camarão (ou o que seja) no côco. Depois um docinho (de côco, mamão ou leite) e uma rede para dar vazão aos apelos da siesta. Na nossa correria cotidiana há de se ter uma fonte eventual de prazer e, às vezes, a única coisa boa de determinados dias é a refeição.
Já ouço o coro da patrulha anoréxica dizendo que estou pregando o caos gastronômico e promovendo hábitos pouco saudáveis.
Calminha. Defendo o consumo sem culpa, mas, não tão constante. Além disso, outras coisas bem prazerosas, podem ajudar a conter a sanha da gordura que se aloja nos vasos e convida à enfermidade. Todas elas já foram estudadas e ajudam a evitar problemas : vinho tinto (com destaque especial para o Syrah), azeite de oliva, aveia, caminhadas e...sexo.
Portanto, com um pouquinho de bom senso, dá pra aproveitar os sabores sem dissabores (trocadilho imperdoável) futuros.
Mas se você é dos mais revoltados e não quer nem ouvir falar de restrições à mesa, o jeito é se acostar ao bom humor malcriado de Vinícius de Moraes:
Não comerei da alface a verde pétala
Nem das cenouras as hóstias desbotadas
Deixarei as pastagens às manadas
E a quem mais aprouver fazer dieta.
Cajus hei de chupar, mangas-espadas
Talvez pouco elegantes para um poeta
Mas peras e maçãs, deixo-as ao esteta
Que acredita no cromo das saladas.
Não nasci ruminante como os bois
Nem como os coelhos, roedor; nasci
Onívoro: dêem-me feijão com arroz
E um bife, e um queijo forte, e parati
E eu morrerei feliz, do coração
De ter vivido sem comer em vão.
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